quarta-feira, março 18, 2009

Perna de pau e olho de vidro?

Uma das tarefas que eu tenho enquanto empresário do lar é cuidar do quintal. Tenho dois seguranças e tenho que mantê-los sempre num local onde eles se sintam felizes para poder exercer bem suas funções. Geralmente eu faço isso com trilhas sonoras. Hoje, por exemplo, foi a vez de escutar Dio, que foi o último CD que ganhei. CD original, com capa, encarte, desenho no disco e tudo o que dá o status de original a ele. E quase sempre as trilhas sonoras matinais provêm de CDs originais, que eu faço questão de tê-los e depositar certo carinho por eles. Mas nem sempre são CDs da minha coleção real, pois às vezes eu utilizo alguns da minha coleção virtual. Ou seja, aqueles que eu pego da internet e, ou gravo em CD de áudio normal ou gravo vários, como discografias, em mídias para poder ter mais opções. Eu me sinto tão animado, dentro das possibilidades e do contexto, em limpar o quintal tanto com o original quanto com o gravado.
O trabalho de empresário do lar não me dá retorno financeiro, sendo assim classificado como voluntário. Por isso, o meu gráfico de aquisições de CDs originais caiu muito em relação a três ou quatro anos atrás. E, por sua vez, o gráfico de downloads subiu consideravelmente. Posso dizer que o primeiro gráfico caiu 90% e o segundo subiu 98%. É muita diferença! E, para falar a verdade, não tenho peso nenhum na consciência por causa disso.
A verdade é que os CDs que eu baixei da internet serviram de laboratório para as minhas aquisições de originais. E acho que esse deveria ser o real uso do download no caso de CDs. No caso de CDs, porque no caso dos filmes, eu não vejo necessidade de alguém comprar o título em DVD. Para isso existem as locadoras. Mas essa é minha opinião. Eu sei que existem colecionadores de filmes e bom para eles que comprem os filmes mesmo. Enfim, cada um coleciona o que realmente gosta. No meu caso, eu prefiro música a cinema. Há quem prefira o contrário, assim como há quem prefira vôlei a futebol, patins a skate e por aí vai.
Eu resolvi escrever sobre esse assunto e vocês, bem informados que são, devem saber o motivo. Se não estão a par dos assuntos, vou lhes dizer a razão. Não deve fazer uma semana que a comunidade do orkut "Discografias", a maior comunidade de downloads de toda a rede do site de relacionamento, foi extinta por uma ordem da APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música). Não só essa comunidade, mas o site Legendas.TV também foi tirado do ar. Enfim, a justificativa deles é muito simples: pirataria e, claro, prejuízo aos autores das músicas ou filmes.
Eu quero deixar muito bem claro que sou contra qualquer tipo de pirataria. Sou contra o download de filmes recentes, mas não condeno quem baixe filmes antigos ou blockbusters(os filmes da sessão da tarde que não vão para a maioria das locadoras ou não saem no cinema). Até porque não são todas as locadoras que têm esses filmes. Porém, sempre para uso pessoal. Assim como sou contra quem baixa CDs e fica vendendo por aí. Porque o preço que o cara paga pra ter internet rápida o suficiente para ter esses filmes ou músicas é bem maior do que o gasto que a pessoa teria para ir ao cinema ou numa loja de CDs. Porque assim como qualquer outro produto, o preço varia de acordo com o lugar. E salvo os CDs importados ou de artistas que não lançam CDS aqui no país, como é o caso do John Butler Trio, que eu tenho toda a discografia aqui no PC, ou a grande maioria dos CDs do Dave Matthews Band, que relançaram os CDs aqui no Brasil só após o recente show que eles fizeram aqui. Então, esses são casos especiais, mas mesmo assim são de uso pessoal.
Obviamente não é todo mundo que utiliza do download como laboratório e sim como forma de sustento, e esse já é outro problema. E um problema sério. Sério mesmo, dá muito prejuízo para os artistas. Mas vou lhes dizer a verdade. Artista lucra mesmo é com shows. Os CDs são fontes de renda importantes? São com certeza. Mas o lucro mesmo é do show. Grande parte disso tudo é chororô de gravadora que extrai o sangue do artista em seu benefício, mas não soube se renovar. E age nessa era da informatização com os velhos métodos de vendas. Não preciso citar para vocês casos de empresas que não souberam se renovar e faliram rapidamente. Não é a música que está indo para o chão, e sim as gravadoras. Por isso, o tiozinho que tem a barraquinha na rua e fica com um som alto é um baita propagandista. Porque é graças a ele que o povão tem acesso ao artista. Só que o CD que ele põe no rádio dele não é original. Aí é uma questão de ética e moral.
Eu não quero tornar o texto mais cansativo do que já é e por isso vou encerrar nesse parágrafo. Por mais que possa parecer, esse texto não é em defesa da “discografias” ou da APCM. Eu quero dizer que download é legal, mas ter o original, com encarte cheio de letras e arte, desenho no disco é muito legal também! O preço é alto? Muito! Mas é alto pela falta de procura do público. Além do mais, tem mais de uma pessoa interessada em lucrar com isso tudo. E eu acho que vale a pena pagar pelo serviço que o artista presta ou pelo o que ele vale. Eu enquanto músico, entendo que o negócio de pirataria é sério e prejudica. Enquanto consumidor, já acho que vale fazer as empresas fonográficas repensarem antes de saírem por aí tirando comunidades ou sites do ar. Enquanto isso, eu vou cronometrando meu tempo de limpeza do quintal. Às vezes com um CD de metal, que costuma ter mais tempo, às vezes com um de pop, que tem no geral de 40 a 50 minutos ou às vezes Ramones. Se bem que não.. com Ramones o ritmo é muito punk.(SIC!)

quarta-feira, março 11, 2009

Sf = So + Vo.t + (a/2).t² = ?

Quando o assunto é caminhar, eu sou o sujeito mais individualista que existe. Olho sempre os alvos que me interessam, olho pouco para as pessoas que estão comigo, apesar de conversar sempre com elas. E outra, eu ando rápido. Eu gosto da pressa e do movimento e, sendo assim, detesto quem fica no caminho. Obviamente há um respeito muito grande com as pessoas do banco cinza. Mas o resto é insuportável. Quem é como eu, entende o que eu digo. É basicamente não suportar a demora do metrô, por achar que está sempre atrasado. Andar sem relógio. Qualquer esquecimento de categoria leve é só mais uma coisa que ficou em casa. Enfim, viver assim é genial. Porém, não é por isso que eu deixo de prestar atenção nos detalhes.
Em qualquer coisa que você faça ou qualquer lugar que você vá, os detalhes são sempre mais interessante que o conteúdo. Por isso que o contexto do detalhista é sempre mais divertido e ouvir as histórias do povo do interior são sempre mais interessantes. E para mim, que sou estudante de publicidade, acrescenta muito conversar com essas pessoas.
Outro ponto interessante é saber a hora certa de usar os detalhes. As vezes, numa conversa, você acaba falando e ouvindo coisas e nem percebe na hora. Mas, num certo momento, você percebe que aquilo que você disse ou ouviu pode ser usado a seu favor. Agora eu não tenho um exemplo muito bom, mas você que está lendo, deixe um nos comentários. Se você for comentar, claro.
Eu andei prestando atenção numas coisas e vocês vão entender o motivo desses texto.
1º Mulher nunca senta ao lado de homem, em ônibus ou metrô, a não ser que esteja sem opções ou em um dia fácil. E homem sempre pensa "Ha, ela não sentou porque deve temer que eu xaveque ela e ela não resista"
2º Sempre quem puxa assunto é quem fica sem assunto. Por isso que conteúdo é mais importante que beleza.
3º Professor só é boa profissão em instituições de ensino. Do resto, sempre necessita de um complemento. Igual as mulheres que o Ronaldo costuma pegar.
4º Quem anda mais lento sempre quer impor ritmo. Então, na fila da esquerda, que é a fila do high speed, sempre tem os lentões. E se você corta pro meio, tem mais gente ainda. Na direita, fica tudo engarrafado. Se tudo isso fosse um trânsito e a CET ficasse por onde eu ando, eu teria minha CNH suspensa por fazer ultrapassagens perigosas. Mas, se eu fosse um pombo ou uma ave melhor, amaria me ver andando.
5º Falar do blog e não escrever nele dá peso na consciência. E não adianta prometer uma periodicidade mais adequada porque a adequação aos períodos é relativa. E visto que a busca por assuntos que caibam nesse blog é igual a zero(ou igual a muitos, porque o absurdo não para de acontecer), fica difícil vir aqui toda semana. Mas, para vocês leitores antigos e novos leitores, eu prometo fazer um esforço.(Sic)